quinta-feira, 25 de novembro de 2010

UMA ESQUINA, UM POSTE , UMA VILA antena de celular da...

Postes como esse foram privilegiados e importantes. Ficavam nas grandes ruas, nos melhores bairros. Eram feitos de ferro fundido. O poste da periferia era diferente , de madeira grossa ,sem muitos fios, com lâmpadas fracas, que viviam queimadas. Na esquina do bairro onde moravámos, existia um poste assim, iguais aos postes das vilas mais pobres. Era nessa esquina e nesse poste, o ponto de referência dos moleques da minha época. Por diversas vezes foi cadeia, nas brincadeiras de soldados e ladrões. A nossa vida parecia ser ali, junto ao poste, pois nosso bairro éra distante do comércio da cidade. Nessa esquina, observava também, o "almofadinha", engravatado, de sapatos muito bem engraxados, que ali chegava para o encontro semanal com a namorada. À noite, na esquina, se reuniam os moradores, para contar histórias assombrosas, falavam das caçadas e pescarias, quase nunca realizadas. Ali se discutia sobre política e melhorias para o bairro. Em épocas de eleições, tinha até cinema com show de artistas famosos na cidade. As meninas, nas tardes de domingo, brincavam de amarelinha, passa anél e cabra cega. Os meninos "jogavam", bolinhas rodavam peão empinavam pagagaios. Nos dias de hoje, nas esquinas dos bairros , outras coisas acontecem, crianças comercializam "pedras" e fazem desse comércio seu ganha pão. A maioria dessas crianças, jamais chegarão a vida adulta, pois estão, escravizadas pelo vício, do qual trabalham e consomem. As diferenças estão nas esquinas do tempo, nas cidades. Aproveito para perguntar e esses "postes", quero dizer antenas gigantescas de energia ou de celular. Sera que não vão causar zoeira na cabeça futuramente e deixar a gente mais lêlê é muita energia, alguém sabe alguma coisa, será que da CANCER? SACI ÂFP





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